sábado, 27 de julho de 2013

Depressão altera o cérebro, mostra estudo feito nos Estados Unidos


Usando imagens de ressonância magnética funcional, pesquisadores descobriram alterações no cérebro de crianças em idade pré-escolar com depressão que não foram observadas em crianças com o mesmo perfil, mas que não tinham o distúrbio.

Publicado na edição de julho do periódico The Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, o estudo examinou 23 crianças de quatro a seis anos que tinham recebido o diagnóstico de depressão e 31 crianças com o mesmo perfil, porém saudáveis.

Os pesquisadores usaram testes devidamente validados para diagnosticar a depressão. Eles também excluíram do estudo as crianças com distúrbios neurológicos, autismo ou atrasos no desenvolvimento, e as que nasceram prematuras. Nenhuma das crianças participantes tomava antidepressivos.

As crianças realizaram exames de ressonância magnética cerebral enquanto visualizavam imagens de rostos alegres, tristes, amedrontados e inexpressivos. Os pesquisadores descobriram que a atividade da amígdala e do tálamo direitos era significativamente maior nas crianças com depressão, o que também tinha sido observado em adolescentes e adultos com depressão.

"Nós descobrimos algo no cérebro que é compatível com a ideia de modelos neurobiológicos da depressão - as partes do cérebro envolvidas e como elas interagem", afirmou Michael S. Gaffrey, principal autor do estudo e professor adjunto no departamento de psiquiatria da Universidade de Washington, em St. Louis.


"Podemos começar a utilizar essa informação, juntamente com outras, – sintomas, outros marcadores biológicos – para identificar e posteriormente prevenir e tratar esse distúrbio", finaliza.

domingo, 26 de maio de 2013

EM BUSCA DA CONSCIÊNCIA MEDITATIVA


Entenda como aproveitar a Meditação para se conhecer melhor

Hoje em dia há um esforço constante para alcançar coisas que nos parecem distantes ou que aparentam não fazer parte de nossa realidade. Qualquer movimento de busca que fazemos para algo que não está dentro de nós poderá ser infrutífero. A água segue sua própria natureza, sem conflito com a realidade da superfície que ela percorre. As pedras suportam frio, chuva e sol quente por séculos - e nada perturba sua natureza. Os animais vivem suas vidas satisfazendo seus instintos, sem lamentações descabidas. Por que os seres humanos carregam tanto conflito em sua curta existência? Não faz sentido.
Na verdade, carregamos conflitos por não entendermos nossa própria realidade, por vivermos uma realidade artificial e efêmera. O conflito não existe, mas permitimos que ele se aloje em nossa consciência e assim passe a existir e a sobrepujar tudo que brilha como realidade.
A busca por paz, por exemplo, nos afasta da verdadeira paz que reside dentro de nós. E o mesmo ocorre com a Meditação. O dimensionamento que é dado à consciência pode abarcar ou anular sua própria natureza. Por agirmos sem consciência da ação e dos fatores que desencadearão resultados, perdemos a dinâmica de nossa natureza; perdemos o sublime que há na vida e passamos a refletir apenas o que a mente projeta. Passamos a acreditar nas nuvens, tempestades e sombras que afogam o essencial da vida.
Meditar não é impedir ou disfarçar a existência de tais barreiras, mas tornar-se consciente delas e compreendê-las como parte do que somos. Estar consciente é o passo mais importante que deve ser dado ao iniciarmos esse caminho. Meditação não é um jogo mental simbólico onde criamos paisagens ou sentimentos, mas sim a consciência plena da realidade de nossa existência.

APROXIME-SE DA MEDITAÇÃO

A existência não se limita aos apelos do corpo e dos sentidos, não se limita ao transitório estado mental que molda os sentimentos e as emoções. A existência envolve os detalhes do que somos e do que estamos sendo - um longo percurso que nos mostra a evolução gradual pela qual estamos passando. A cada dia nos aproximamos mais do que sempre esteve perto, dentro de nosso ser, mas que não dávamos conta de sua presença. Meditação é voltar a consciência para este fato, para esta realidade que se descortina e se revela. E isso é possível quando estamos conscientes do que compõe nossa existência completa.
 A mente sente, pensa e deseja indiscriminadamente. A consciência observa e se transforma no processo de autoconhecimento: Meditação. Ficar parado por alguns minutos apenas observando a respiração e os batimentos cardíacos pode não dizer muita coisa para a mente, mas pode revelar dimensões desconhecidas da consciência.
A mente irá vagar em busca de sentido para o que ela capta, mas a consciência será apenas presença observadora de algo que sempre esteve ali, diante de sua simplicidade existencial, e que não foi possível ser notada pela complexa atividade instável da mente. A existência se revela no silêncio observador da consciência.
A mente se identifica e se envolve com o que surge em seu horizonte sensitivo - e cai presa da realidade que ela mesma moldou. A consciência se mantém indiferente ao que não é dela, em um estado de neutralidade observadora. A mente quer interagir; a consciência está apenas para ser e existir. Nada pode afetar a consciência, mas a mente se afeta por tudo que está ao seu redor e que fere sua fragilidade instável.
As invenções mentais não são permanentes. A Meditação ocorre além destas designações que estacionam a mente. A Meditação se efetua no campo da consciência. A mente pensa, mas a Meditação está além do pensamento, está no alcance infinito da consciência - a Meditação não é um fenômeno mental: é um processo da consciência.
A mente é um aglomerado de conceitos que molda a maneira de ver e interagir com o mundo, dentro de uma realidade que ela conceituou como verdade. A consciência é a essência que existe antes e depois dos conceitos - tanto reais quanto falsos. A mente é imagética e cáustica; a consciência é silêncio, amplitude. A imagem verbal limita a capacidade de perceber e existir, ao passo que a existência inclui os conceitos, mas está além deles. A existência é a consciência observadora que se apresenta consciente em todos os campos da realidade sensível.
A MENTE APRENDE COM A CONSCIÊNCIA
A mente não tem inteligência, ela apenas atua mecanicamente, moldada pelos padrões condicionados que imprimimos nela e, assim, repete os mesmos modelos, por muito tempo. A mudança somente ocorre quando se toma consciência de que não estamos agindo como deveríamos, como é o correto. Mas, quem define o certo e o errado? Há algum modelo que podemos usar sabendo que é diferente de um modelo que não devemos ter? De certa forma, a Meditação nos dá o modelo correto, à medida que o silêncio interior se intensifica a ponto de termos consciência clara e transparente do que nos faz bem e do que nos traz o mal. É a experiência da vida que poderá mostrar isto. É a Meditação que dará consciência do valioso que há na vida - aquilo que devemos cultivar e intensificar pelo simples fato de sabermos por realização que é bom para nós mesmos e para os outros.
Por isto, a Meditação não é uma restrição, um corte, uma renúncia pura e simples. Meditação é soma, acréscimo e descobrimento interior. Meditação é tomar consciência do que somos realmente. É tomar consciência do que não somos também."Meditação é soma, acréscimo e descobrimento interior. Meditação é tomar consciência do que somos realmente. É tomar consciência do que não somos também."
Um despojamento do que é irrisório, do que é efêmero e supérfluo, do que há de real e verdadeiro em nossas vidas. Meditação é se autodescobrir a cada instante, a cada dia, a cada mudança. Meditação é estar presente e entregue a todos os movimentos que ocorrem internamente e a todos os impulsos que damos para fora de nós, para o mundo e para a realidade que acreditamos - por isto nos lançamos. Meditar é acreditar na possibilidade de transformação a partir do singular que habita cada subjetividade, de cada ser.

SEJA CADA VEZ MAIS O QUE VOCÊ É

A Meditação não está separada do que somos - ela é o que somos. É ser consciente do que se é. Meditação é um movimento reflexivo do que somos, do que estamos deixando de ser e do que viremos a ser, consciente. Muitas vezes a Meditação não é uma técnica, mas a essência da técnica que desabilita qualquer necessidade de técnica: não temos que aprender a viver - todo ser vivo simplesmente vive. Alguns com mais habilidade, outros com menos intuição. Mas todos sabem viver dentro da realidade que lhes cabe. Não há técnica para se viver, não há mistério ou segredos para ser o que se é - simplesmente deve-se ser e viver. Assim é a Meditação: não é rotina, mas constante estado de presença, sem repetição. Uma pessoa que olha todos os dias o despontar do sol na alvorada e não nota a diferença que existe em cada amanhecer, na verdade nunca viu verdadeiramente o nascer do sol. Alguém que não note a variedade complexa que envolve cada movimento da respiração, não está pronto para viver - está atado aos padrões da mente repetitiva. A Meditação é uma quebra destes paradigmas.
 Por isto, a Meditação é um processo que nos revela a liberdade inerente. Enquanto a mente repete os padrões para nos prender, a consciência nos dá as lacunas onde a mente falha, pois não pode preencher todos os espaços - tudo é preenchido pela consciência. A mente não prenche, apenas repete; e repete até mesmo a sensação de uma suposta liberdade, mas é a repetição de um estado vivido de liberdade, não é a verdadeira liberdade, é a sombra de uma experiência de liberdade vivida no passado ou prometida para um futuro. Consciência meditativa é liberdade agora, presente e eterna. Se não for isto, não é Meditação. Pode ser qualquer outra coisa, algum outro nível de experiência psicológica, mas não Meditação.
Meditação é a entrega plena ao momento que se vive, que existe em sua plenitude.

domingo, 14 de abril de 2013

Dicas de alimentação saudável transmitidas às crianças provocam mudanças dos pais


"Ele virou o fiscal da casa, presta atenção no que comemos e se estamos praticando atividade física. Mas ainda resiste em comer frutas e verduras", diz o analista de sistemas Fábio Guedes, 46.


O "fiscal" é o filho Vinícius, 11, uma das 197 crianças que participaram de um projeto educacional inédito que avaliou o poder de persuasão dos alunos na mudança de hábitos dos pais e na adoção de um estilo de vida saudável.
A conclusão é que, sim, a estratégia dá certo. Os pais reduziram os riscos cardiovasculares, calculados sobre fatores como obesidade, tabagismo, colesterol, pressão alta e diabetes.
O estudo foi feito em uma escola privada de Jundiaí (SP)e publicado na revista científica "European Journal of Preventive Cardiology". Na terça-feira (16), o trabalho será apresentado em um fórum de cardiologia em Roma.

"Fomos premiados na Europa e nos EUA. Até a China quis conhecer a nossa experiência. Mas aqui a repercussão foi zero", queixa-se o cardiologista Bruno Caramelli, pesquisador do InCor (Instituto do Coração) e coordenador do trabalho.

ORIENTAÇÕES

O projeto envolveu alunos com idades entre 6 e 10 anos e seus pais. Eles foram divididos em dois grupos, com duas abordagens distintas.

Pais de estudantes do período da manhã (grupo-controle) receberam folhetos educativos com orientações sobre alimentação saudável e a importância de realizar atividades físicas. Seus filhos não receberam informações.

Os pais dos alunos da tarde também receberam os folhetos, mas os filhos assistiram a palestras sobre prevenção cardiovascular. Nutricionistas ensinaram como seguir uma alimentação saudável e fisioterapeutas explicavam a importância dos exercícios.

"Em momento algum foi dito às crianças para cobrarem dos pais essas atitudes saudáveis", explica a cardiologista Luciana Fornari, autora principal do estudo.

Os dois grupos passaram por exames e medidas de peso, altura e pressão arterial.

Ao final de um ano, 91% dos pais do grupo da intervenção deixaram o estágio de alto risco com relação às doenças cardiovasculares. Já a diminuição entre os pais do grupo-controle foi de 13%.
"Quando os conceitos são passados de forma divertida, as crianças os incorporam e cobram mudanças da família", afirma Luciana.

O projeto agora está sendo replicado em duas escolas públicas de Campo Limpo Paulista (SP). Participam dele cerca de 500 crianças e mil pais. A proposta é ver, a longo prazo, se o efeito das mudanças será duradouro.

No projeto em Jundiaí, algumas delas não foram. "Na época do programa, caminhávamos todos os dias, éramos estimulados. Agora falta tempo", diz Sueli Razzé, 47, mãe da aluna Natalie, 13.
Sem atividade física, o marido engordou três quilos e a filha, um. "Sem incentivo permanente, é difícil manter."

Já alguns dos bons hábitos alimentares permanecem. "Cortei as frituras e quase não faço mais doces", conta.

Fonte:  

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Confirmada 11ª infecção por vírus similar ao Sars


Um novo tipo de vírus respiratório potencialmente letal é transmitido entre humanos, alertou ontem a Agência Britânica de Proteção à Saúde (HPA, sigla em inglês). Identificado em setembro do ano passado em um paciente inglês que continua sob tratamento, o micro-organismo pertence à família do vírus que causa síndrome respiratória aguda grave (Sars), cuja última epidemia, em 2003, contaminou 8.096 pessoas e matou 774 apenas na Ásia. Até agora, 11 pessoas foram infectadas, sendo que cinco vítimas morreram na Arábia Saudita e duas na Jordânia.

Na segunda-feira, a HPA comunicou o segundo caso, na Inglaterra, de contaminação pelo coronavírus, chamado assim devido ao formato de coroa de suas bordas. O paciente tinha viajado recentemente para o Qatar. Ontem, a agência reportou que uma pessoa da mesma família também foi infectada, mas, ao contrário do parente, ela não havia saído da Grã-Bretanha. “A confirmação de uma nova infecção em um indivíduo sem histórico de viagem ao Oriente Médio sugere que ocorreu uma transmissão de pessoa a pessoa e que isso aconteceu na Inglaterra”, disse, em um comunicado, John Watson, chefe do Departamento de Doenças Respiratórias da HPA.

Watson reforçou, contudo, que a população não precisa se alarmar. “Embora esse caso forneça fortes evidências sobre a transmissão de pessoa a pessoa, o risco de infecção nessas circunstâncias ainda é considerado muito baixo. Se esse novo coronavírus fosse mais infeccioso, nós poderíamos esperar ver um número de casos muito maior do que registramos desde que o primeiro foi reportado, meses atrás”, disse. De acordo com o médico, as pessoas que tiveram contato com os três pacientes ingleses infectados serão rastreadas para evitar futuros contágios. Além disso, os profissionais da área de saúde que cuidaram das vítimas serão submetidos a exames.

“À luz desse novo caso, nós gostaríamos de enfatizar que o risco associado ao novo coronavírus à população da Inglaterra em geral continua baixo. A HPA vai continuar a trabalhar de perto com autoridades nacionais e internacionais e compartilhar informações com profissionais de saúde e com o público quando soubermos mais sobre o vírus”, concluiu Watson. Os coronavírus são responsáveis tanto por resfriados comuns quanto por quadros mais graves. Nesses últimos casos, a pessoa infectada apresenta febre alta, tosse, dificuldade para respirar e, sem tratamento adequado, pode morrer de falência respiratória.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Vegetarianos têm 32% menos risco de sofrer do coração


Coração verde
Deixar de lado a carne, incluindo peixe, em favor de uma dieta vegetariana pode ter um efeito dramático sobre a saúde do seu coração.
Um estudo com 44.500 pessoas na Inglaterra e na Escócia mostrou que os vegetarianos têm uma propensão 32% menor de morrer ou precisar de tratamento hospitalar em decorrência de doenças cardíacas.
Os cientistas acreditam que as diferenças nos níveis de colesterol, na pressão arterial e no peso corporal estão por trás da melhor saúde dos vegetarianos.
A chegada de sangue ao coração fica bloqueada por depósitos de gordura nas artérias que alimentam o músculo cardíaco. Isso pode causar angina ou até mesmo levar a um ataque cardíaco se os vasos sanguíneos ficarem completamente bloqueados.
Os resultados foram publicados no American Journal of Clinical Nutrition.
Melhor saúde dos vegetarianos
Os cientistas da Universidade de Oxford analisaram dados de 15.100 vegetarianos e 29.400 pessoas que comem carne e peixe.
Ao longo de 11 anos, 169 delas morreram de doenças cardíacas e 1.066 necessitaram de tratamento hospitalar - a maior parte delas comedores de carne e peixe.
"A mensagem principal [do estudo] é que a dieta é um importante determinante da saúde do coração,", disse a Dr. Francesca Crowe, coordenadora do estudo.
Segundo ela, "as dietas são bastante diferentes. Os vegetarianos provavelmente têm uma menor ingestão de gordura saturada, por isso faz sentido que eles tenham um menor risco de doença cardíaca".
Os resultados mostraram que os vegetarianos têm pressão arterial mais baixa, menor nível de colesterol "ruim" e são mais propensos a ter um peso saudável.