Usando imagens de ressonância magnética funcional,
pesquisadores descobriram alterações no cérebro de crianças em idade
pré-escolar com depressão que não foram observadas em crianças com o mesmo
perfil, mas que não tinham o distúrbio.
Publicado na edição de julho do periódico The
Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, o estudo
examinou 23 crianças de quatro a seis anos que tinham recebido o diagnóstico de
depressão e 31 crianças com o mesmo perfil, porém saudáveis.
Os pesquisadores usaram testes devidamente
validados para diagnosticar a depressão. Eles também excluíram do estudo as
crianças com distúrbios neurológicos, autismo ou atrasos no desenvolvimento, e
as que nasceram prematuras. Nenhuma das crianças participantes tomava
antidepressivos.
As crianças realizaram exames de ressonância
magnética cerebral enquanto visualizavam imagens de rostos alegres, tristes,
amedrontados e inexpressivos. Os pesquisadores descobriram que a atividade da
amígdala e do tálamo direitos era significativamente maior nas crianças com
depressão, o que também tinha sido observado em adolescentes e adultos com
depressão.
"Nós descobrimos algo no cérebro que é
compatível com a ideia de modelos neurobiológicos da depressão - as partes do cérebro
envolvidas e como elas interagem", afirmou Michael S. Gaffrey, principal
autor do estudo e professor adjunto no departamento de psiquiatria da
Universidade de Washington, em St. Louis.
"Podemos começar a utilizar essa informação,
juntamente com outras, – sintomas, outros marcadores biológicos – para
identificar e posteriormente prevenir e tratar esse distúrbio", finaliza.